Como saber...
Temos sempre a ideia de que somos fortes e aguentamos mais e mais um pouco... Mas como é que sabemos que estamos no limite das nossas forças, prestes a vacilar e a passar de um estado de cansaço extremo para, quem sabe, um estado de esgotamento físico?
Falo-vos hoje disto porque em 2010 padeci de um esgotamento físico, com alguma gravidade, que demorei muito tempo a recuperar.
Foi uma fase muito complicada onde, inicialmente passei por um período de um mês e meio, praticamente sem dormir, que me levou a um cansaço físico e mental extremo, para depois viver a situação oposta de meses sucessivos em que se me deixassem dormia noite e dia.
Do diagnostico até ao controlo dos sintomas, nomeadamente da sensação do cérebro reduzido e comprimido (era assim que o sentia), com medicação e todo o apoio do então meu marido, decorreram mais de 8 meses, muito difíceis.
Depois desta recuperação tive uma recaída em 2012. Não foi tão grave mas obrigou-me a 15 dias de repouso para repor as forças e "desligar" dos problemas.
Curiosamente, com tudo o que me aconteceu este ano, tenho aguentado muito bem, apesar de toda a dor e tristeza que tenho sentido. Mas a verdade é que 9 meses volvidos após a passagem do "tsunami" na minha vida e apesar de sentir que estou a viver um momento de paz e harmonia interior, sinto-me neste momento, como já vos disse, extremamente cansada fisicamente e não consigo avaliar se estou ou não perto do meu limite.
Estando sozinha com o meu filho, também não me restam alternativas... apenas aguentar, aproveitar os poucos momentos em que estou só e posso, para descansar (quem é dona de casa como eu sabe que é difícil) e ter força, coragem e optimismo para acreditar que tudo vai correr bem.
A vida não é fácil e a de uma mulher/mãe sozinha é ainda mais difícil, mas quando conseguimos atingir os objectivos com sucesso e ver os nossos filhos felizes ao nosso lado, invade-nos uma sensação de dever cumprido e uma felicidade difícil de explicar (só quem é mãe e passa por isto pode sentir...). Por eles tudo vale a pena.
Os filhos não pediram para nascer e são responsabilidade dos pais até "terem asas para voar".
Pena que nem todos os pais pensem e ajam desta forma...
Pelos filhos e por nós vamos ao limite das nossas forças!
E que bom quando assim é!!!