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Renascer aos 40

Para os que depois dos 40 começam uma vida nova... e para todos os outros também... "Nascer, morrer, renascer ainda, e progredir sempre..., tal é a lei."

Renascer aos 40

Para os que depois dos 40 começam uma vida nova... e para todos os outros também... "Nascer, morrer, renascer ainda, e progredir sempre..., tal é a lei."

Até para o ano...

"Óh meu rico São João

eu Gosto de Ti Assim

A sardinha a pingar no pão

e os amigos junto de mim!"

A sardinha, quando for possível... mas os amigos, sempre!

Boa noite!!!

Saber amar...

"Muita gente falando de amor e pouca gente sabendo amar."

Que grande verdade...

Amar com exigências, com regras rígidas, com dia e hora marcada... Isso não é amor.

Quem ama não condiciona nem aprisiona, não impede o outro de ser ele próprio. Quando assim é, é tudo menos amor.

Amor, o verdadeiro amor respeita, liberta, aceita a essência do outro e admira... Isto sim é amor!!!

Implorar...

"Nunca implore carinho, atenção ou amor. Se não é dado livremente, não vale a pena ter."

Pois é... Aconteceu comigo e o resultado foi desastroso.

Ou é dado de forma espontânea ou então não vale a pena...

Tem paciência...

"Querida Vitória,

Sei que anseias pela chegada, mas a paciência é uma virtude e há que cultivá-la, tal como tenho vindo a aprender a fazer.

Sei que não é fácil, pois a vontade é muita de nos unirmos de novo, mas peço-te só um pouco mais de paciência, uma vez que neste momento não é de todo possível.

Não desistas, não percas a fé e a confiança no futuro, pois ele será no mínimo extraordinário.

Quando estivermos todos juntos, unidos e felizes vais sentir que tudo valeu a pena, toda esta espera valeu a pena...

Mas aproveita o tempo que falta para chegares, para aprenderes mais e mais, e para evoluíres. Não desperdices os minutos com coisas vãs, utiliza-os da melhor forma possível.

Em breve estaremos todos juntos e reinará a paz, a harmonia e o amor,... seremos então finalmente mais felizes do que alguma vez já fomos.

Acredito e confio plenamente no futuro e sei que tudo vai correr da melhor forma possível.

Até lá, meu amor, fica com um beijo gigante, do tamanho do universo!!!

Da tua..."

Nunca desvalorizes ninguém...

"Nunca desvalorizes ninguém

Guarda cada pessoa perto do teu coração

Porque um dia podes acordar

E perceber que perdeste um diamante

Enquanto estavas muito ocupado(a) a coleccionar pedras."

 

Pois é...

Vale a pena pensar nisto para tomar a decisão com toda a consciência. Vale a pena analisar a qualidade das "pedras"... para fazer a melhor escolha!

Porque não me deixas?

"Porque é que não me deixas e consomes tantas horas do meu dia?

Era tudo tão mais simples, tão mais leve, se não tivesses sempre comigo, se não me aprisionasses o coração.

O amor é o melhor sentimento do mundo, mas tu, chegaste sem avisar, não pediste autorização para ficar e apoderaste-te de mim de tal forma que nada te faz desistir.

Julgava que só nos filmes acontecia isto, mas para meu espanto não, acontece na vida real, a do dia a dia, na qual todos vivemos e tantos de nós desperdiça.

Pois é, no mundo real também acontecem estes milagres, verdadeiras bênçãos para quem as sente e mais ainda para quem é correspondido e pode desfrutar.

Amar desta forma infinita, apenas porque sim, sem ter motivo ou razão para tal é avassalador, mas bem vistas as coisas é um verdadeiro milagre.

O amor é o mais forte e nobre sentimento e quem tem o privilégio de o sentir e viver, seja na forma que for, tem aí a sua maior riqueza.

Apesar de tudo ser mais simples se assim não fosse, obrigada por existires em mim..."

S. João do Porto...

«S. João do Porto, eremita natural do Porto, (séc. IX), viveu  a sua vida eremítica na região de Tuy, em frente a Valença, tendo sido sepultado em Tuy.  No séc. XVII ainda aí se conservavam as suas relíquias, de grande veneração entre os fiéis, que acreditavam que S. João os salvaria das febres. Diz a tradição, que a cabeça de S. João do Porto, foi trazida pela Rainha Mafalda no séc. XII, para a Igreja de São Salvador da Gandra e que parte dessa relíquia teria sido levada para a capela da "Santa Cabeça", na Igreja de N ª Sra. da Consolação, na Cidade do Porto. O facto da sua festa se ter celebrado a 24 de Junho talvez explique o facto de ter o seu culto sido absorvido pelo de S. João Baptista, cujo nascimento ocorreu no mesmo dia 24 de Junho e a que o povo dedicou através dos tempos forte devoção e grandes festas, mantendo-se ainda hoje muito viva a tradição das fogueiras de S. João de origem muito antiga, ao mesmo tempo que substituíam as festas pagãs do solstício.

 

Festas de forte caris popular, o S. João do Porto é uma festa que nasce espontaneamente, nada se encontra combinado, embora a festa se vá preparando discretamente  durante o dia, é normalmente depois do jantar, constituído por sardinhas assadas, batatas cozidas e pimentos ou entrecosto e fêveras de porco na brasa, acompanhadas de óptimas saladas, jantar obviamente regado com vinho verde ou cerveja, mais modernamente. Findo o jantar, os grupos de amigos começam a encontrar-se, organizando rusgas  de S. João, como são chamadas. As pessoas muniam-se de  alhos porros e  molhos de cidreira, actualmente as armas, são outras, mudaram para martelos de plástico, duros e ruidosos, mas que acabaram por ser bem aceites e hoje já fazem parte da tradição, Há alguns anos atrás, o S. João limitava-se a uma área da cidade que era constituída, pelas Fontainhas (Ponto nevrálgico), R. Alexandre Herculano, Praça da Batalha, R. Santa Catarina, R. Formosa ou R. Fernandes Tomás, R. de Sá da Bandeira, R. Passos Manuel, Praça da Liberdade, Av. dos Aliados, R. dos Clérigos, Praça de Lisboa, e no retorno, subindo-se a R. de S. António, estava praticamente concluído o percurso obrigatório. A par deste percurso, que juntava para cima de meio milhão de pessoas, que tornavam as ruas pejadas de gente, e onde não há atropelos, as zaragatas são de imediato sustidas pelos populares,  os beligerantes rapidamente selam a paz com mais um copo e uma pancada de alho porro de amizade. O S. João do Porto é uma festa onde ricos e pobres convivem uma noite de inteira fraternidade e onde a festa é constante. Nos bairros, a festa continua e as comissões organizadoras de cada uma  mantém o baile animado até altas horas da madrugada. No tempo áureo do alho porro quem chegasse ao Porto vindo de fora, estranharia o odor espalhado pela cidade...efectivamente ela cheirava a alho.

 

Nos dias de hoje, o S. João espalhou-se pela cidade, além do seu palco tradicional, estendeu-se até a Ribeira, ás Praias da Foz , à Boavista e por ai fora. Vai as discotecas, aos pubs e bons restaurantes. Tornou-se mais cosmopolita e em alguns casos mais selectivo. Modernizou-se, sofisticou-se e de certa forma, acompanhou os tempos, até penso que se tornou mais jovem.

 

Mas muita da tradição ainda se mantém: Em barracas ou espalhados pelo chão lá estão os manjericos (Planta tradicional do S. João), as tendas das fogaças, as farturas, o algodão doce, as pipocas, as barracas da sardinha assada e dos comes e bebes. Os matraquilhos, os carrocéis, as pistas dos carros. As tendas de venda das louças de barro, das cutelarias, o tiro ao alvo e as tômbolas. Durante toda a noite, centenas de balões são lançados e muito fogo de artifício particular é queimado, pela meia-noite o tradicional fogo de artifício da Câmara Municipal, faz sempre furor pela sua beleza. No fim e já alta madrugada é ver os foliões procurarem as padarias onde o pão acabado de fazer e ainda quentinho vai confortar as barrigas para um merecido descanso.»

A História de um Feriado...

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"Os festejos de S. João na cidade do Porto são já seculares e a origem desta tradição cristã remonta mesmo a tempos milenares. Mas foi só no século XX que o 24 de Junho passou a ser feriado municipal na Invicta, proporcionando um merecido dia de folia a milhares de tripeiros. E tudo graças a um decreto republicano e a um referendo aos portuenses, promovido pelo Jornal de Notícias.

A história é curiosa e mostra o protagonismo que, já na altura, a Comunicação Social tinha no modus vivendi urbano.

Estávamos em Janeiro de 1911 e a República Portuguesa dava os primeiros passos. A monarquia tinha sido destronada apenas três meses antes, com a revolução de 5 de Outubro de 1910. O Governo Provisório da República assumia a governação do país e, desde logo, começava a introduzir mudanças na sociedade portuguesa que espelhavam, muito naturalmente, os ideais da nova ordem republicana.

Numa tentativa de implementar a nova ordem junto da população, o Governo Provisório redefiniu os dias feriados em Portugal. Por decreto, a República instituiu como feriados nacionais o 31 de Janeiro (primeira tentativa - falhada - de revolução republicana, em 1891, no Porto), o 5 de Outubro (instauração da República) e o 1º de Dezembro (restauração da independência em 1640), para além do Natal e do Ano Novo. Mas o mesmo decreto impunha, a cada município do país, a escolha de um dia feriado próprio: "As câmaras ou comissões municipais e entidades que exercem comissões de administração municipal, proporão um dia em cada ano para ser considerado feriado, dentro da área dos respectivos concelhos ou circunscrições, escolhendo-os d'entre os que representem factos tradicionais e característicos do município ou circunscrição". E foi com este propósito que a Comissão Administrativa do Município do Porto reuniu a 19 de Janeiro de 1911.

Segundo o relato do Jornal de Notícias, o "velho e conceituado republicano, Sr.. Henrique Pereira d'Oliveira" logo sugeriu a data de 24 de Junho para feriado municipal. O facto não causa espanto. Afinal de contas, o S. João era, já na altura, uma festa com longa tradição na cidade do Porto. A primeira alusão aos festejos populares data já do século XIV, pela mão do famoso cronista do reino, Fernão Lopes.

Em 1851, os jornais relatavam a presença de cerca de 25 mil pessoas nos festejos são-joaninos entre os Clérigos e a Rua de Santo António e, em 1910, um concurso hípico integrado nos festejos motivou a presença do infante D. Afonso, tio do rei (a revolução republicana apenas se daria em Outubro)."

A Festa de S. João actualmente...

"Mais de 200 mil pessoas se reúnem nesta festa e se divertem pela noite dentro, que culmina com um extraordinário espectáculo de fogo de artifício com cerca de 15 minutos, sobre o rio Douro.

Dos mais novos aos mais velhos, todos festejam o São João e são muitas as tradições associadas a este dia, desde lançar balões de ar quente, bater com martelos de plástico nas cabeças dos que passam, passar alhos porros pela cara dos populares, saltar sobre as fogueiras, oferecer manjericos com quadras tradicionais e assistir ao fogo de artifício sobre o rio Douro, onde todos se juntam ao final da noite para apreciar o espectáculo com a melhor vista sobre a cidade.
Este é um dia de muita alegria e animação na cidade, onde todos saem à rua. Nesta noite não faltam os cantos populares, as sardinhas, o caldo verde e os tradicionais percursos desde a zona ribeirinha até à Foz do Douro. Para os mais resistentes, a festa só termina na praia da Foz a assistir ao nascer do sol."

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Balões de S. João...

"Um antigo costume são-joanino consiste em fazer subir balões confeccionados com papéis de várias cores. Sobem ao ar como sóis iluminados sob o impulso do fumo e o calor de uma chama que consome uma mecha de petróleo ou resina. Estas práticas são velhos resquícios de um antigo culto ao Sol."

A origem do São João...

"A origem do São João é muito antiga e há muitos anos atrás os rituais de celebração eram ligeiramente distintos dos actuais.

Com origem no século XIV, a festa era inicialmente uma festa pagã, de adoração ao deus do Sol, em comemoração das colheitas e da abundância. Posteriormente, a Igreja Católica cristianizou a festa, em comemoração de São João, o Padroeiro.

Fazia parte do ritual dessa festa nos tempos idos dos cultos pagãos da fertilidade, a compra de alho-porro inteiro para pendurá-lo na principal parede da casa para dar sorte, ali ficando até ser substituído por outro no ano seguinte.
Na noite de 23 de Junho, os grupos de famílias saíam dos bairros a pé com destino às Fontainhas para verem a cascata do São João e compravam pelo caminho aos lavradores não só o tradicional alho porro, mas ainda outros vegetais simbólicos como vasos de manjerico e ramos de cidreira e de cravos."

Manjerico e São João...

"Originário da Índia, o manjerico (Ocimum minimum) é uma planta popular no nosso país graças à utilização simbólica na altura das festas como o Santo António ou o São João, onde é vendida em vasos, um pouco por todo o lado. Chamado também de erva dos namorados, pois é oferecida por estas alturas entre pares. 

Prefere solos ricos e bem drenados, pH entre 5-8 e gosta de estar numa posição em que apanhe muita luz sem no entanto receber com a luz solar directamente, pois a incidência forte pode provocar queimaduras e até a morte da planta. Pode ser cultivado em vasos, como planta de interior ou exterior, não tolerando frio muito intenso. 

Pode apresentar um comportamento perene se as condições ideais forem reunidas (temperatura, ãgua, exposição), embora no nosso país assuma quase sempre um comportamento anual. 

As suas folhas são comestíveis, tal como as do manjericão (ou alfádega ou basílico) (Ocimum basilicum), com o qual partilha um cheiro semelhante. 

É um excelente repelente de insectos e por isso muitas vezes cultivado em floreiras próximo de janelas e portadas, reunindo 2 em 1: de manhã quando abrimos as janelas, a casa fica a cheirar lindamente e além disso existe menor probabilidade de entrarem estes convidados indesejados. 

É também uma planta medicinal, sendo utilizada para o tratamento de flatulência, gripes e constipações, além de problemas digestivos. 

A sua propagação faz-se por semente, na Primavera. Convém plantar várias plantas juntas para produzir aquele efeito de tufo redondo tão apreciado."

Origem da fogueira...

"De origem europeia, as fogueiras juninas fazem parte da antiga tradição pagã de celebrar o solstício de verão. Assim como a cristianização da árvore pagã "sempre verde", que se tornou a famosa árvore de natal, a fogueira do dia de Midsummer (25 de junho) tornou-se, pouco a pouco, na Idade Média, um atributo da festa de São João Batista, o santo celebrado nesse mesmo dia. Ainda hoje, a fogueira de São João é o traço comum que une todas as Festas de São João Europeias (da Estônia a Portugal, da Finlândia à França).

Uma lenda católica cristianizando a fogueira pagã estival afirma que o antigo costume de acender fogueiras no começo do verão europeu tinha as suas raízes num acordo feito pelas primas Maria e Isabel. Para avisar Maria sobre o nascimento de São João Batista e, assim ter seu auxílio após o parto, Isabel teria de acender uma fogueira sobre um monte."

 

"Quem saltar a fogueira na noite de S. João, em número ímpar de saltos e no mínimo três vezes, fica por todo o ano protegido de todos os males. Diz a tradição que as cinzas de uma fogueira de S. João curam certas doenças de pele. Para certos males, são benéficos os banhos que se tomem na manhã do dia de S. João, mas antes de o sol nascer. No Porto, os que se tomavam nas praias do rio Douro ou nos areais da Foz valiam por nove..."

A História dos martelinhos de São João...

"O martelo de S. João foi inventado em 1963 por Manuel António Boaventura, industrial de Plásticos do Porto, que tirou a ideia num saleiro/pimenteiro que viu numa das suas viagens ao estrangeiro. O conjunto de sal e pimenta tinha o aspecto de um fole ao qual adicionou um apito e um cabo vindo a incorporar tudo no mesmo conjunto e dando-lhe a forma de um martelo. O objectivo inicial era criar mais um brinquedo a adicionar à gama de que dispunha.

Nesse mesmo ano os estudantes abordaram o Sr. Boaventura com o intuito de lhes ser oferecido para a queima das fitas um “brinquedo ruidoso”, ao que o Sr. Boaventura acedeu oferecendo o que de mais ruidoso tinha...os martelinhos. A queima das fitas foi um sucesso com os estudantes a dar “marteladas” o dia todo uns nos outros e logo os comerciantes do Porto quiseram martelinhos para a festa de S. João.

Nesse ano o stock era pouco mas no ano seguinte os martelos foram vendidos em força para esta festa e ao mesmo tempo oferecidos pelo Sr. Boaventura a crianças do Porto.

Assim o martelinho entrou nas festa do S. João sendo aceite incondicionalmente pelo povo nos seus festejos.

A venda fez-se normalmente durante 5 ou 6 anos até que um dia o Vereador da cultura da Câmara do Porto, Dr. Paulo Pombo e o Presidente da Câmara do Porto Engº Valadas chegaram á conclusão de que este brinquedo ia contra a tradição e decidiram fazer uma queixa ao Governador Civil do Porto, Engº Vasconcelos Porto, queixa esta que foi aceite tendo mesmo o Governador Civil notificado o Sr. Boaventura de que no ano seguinte estava proibido de vender martelos para a festa de S. João, mandando avisar que quem fosse apanhado com martelos na noite de S. João seria multado em 70$00 (na época ganhava-se cerca de 30$00), e mandando retirar os martelos das lojas comerciais onde estavam à venda. O que é certo é que o povo não acatou esta decisão e continuou a usar o martelo nos seus festejos.

O Sr. Boaventura ao ver-se lesado e injustiçado nesta decisão do Governo Civil levou então a questão a tribunal, perdendo em 1ª e 2ª instância. (estava-se no tempo de Américo Tomás e Marcelo Caetano e consequentemente da PIDE). No entanto no ano de 73 recorreu para o Supremo Tribunal e ganhou a questão, podendo assim continuar a fazer os martelinhos que se tornaram tradição popular não só no S. João do Porto, como no S. João de Braga, Vila do Conde, Carnaval de Torres Vedras, Passagens de ano, campanhas de partidos políticos, etc.

Os martelos sofreram inúmeras alterações ao longo dos anos mas a tradição ficou e a sua história perdeu-se com o tempo...."