Uma grande confissão...
Ontem, enquanto conversava com um amigo, ouvi da boca dele o que considerei ser uma grande confissão... Ele contou-me que era casado e tinha uma filha e a determinada altura traiu a mulher envolvendo-se com uma outra. Perante este fato decidiu terminar a vida conjugal. Deduzi que ao descobrir a verdade, a mulher não tenha reagido bem, como é de esperar, e as ofensas tenham sido muitas.
Por orgulho e magoado com tudo o que a mulher lhe tinha dito, depois do que ele lhe tinha feito, não recuou na sua decisão, apesar dela ter tentado uma reaproximação.
Só passados dois anos e quando a viu com a vida refeita, e outro homem a seu lado, é que ele percebeu todos os erros que tinha cometido. Desta vez foi ele que resolveu tentar recuperar o seu grande amor, dizendo que a amava e mostrando-lhe até o seu sofrimento, mas era já tarde demais.
Segundo palavras dele, vê-la com outro homem provocou-lhe uma dor de tal forma dilacerante, que temeu não conseguir sobreviver.
Agora vive com a mãe da sua segunda filha, um casamento sem amor, pautado pela frieza e pela falta de carinho, afeto e amor e diz que a única felicidade que sente vem das suas duas filhas.
Fiquei a pensar... a que ponto vai o orgulho e a mágoa de uma pessoa que traí e não perdoa as ofensas da pessoa que magoou só porque esta lhe disse palavras violentas num momento de profunda dor e desilusão. Em nome do orgulho e do ego ferido, mesmo tendo sido ele a cometer o maior erro, deliberadamente abdicou da felicidade. E admite hoje, mais de 10 anos depois que ainda não ultrapassou a dor que sente cada vez que vê aquela que tanto amou e ama com outro...
A vida é fácil, mas a tendência natural do Homem é complicar e com isso comprometer a sua felicidade, para sempre. Era tão bom se pudéssemos aprender com as experiências e os erros dos outros... Mas muitas vezes, lamentavelmente, nem com os nossos aprendemos.
Fiquei a refletir sobre isto... Espero, com este testemunho, poder inspirar alguém...